É sabido que os principais provedores de infraestrutura em nuvem buscam localizar seus data centers em locais com clima predominantemente frio, para reduzir o consumo de energia na refrigeração; no entanto, não é possível limitar-se apenas a esses locais. O mundo está cheio de lugares onde estão alojados um grande número de servidores e isso obriga a pensar na questão do consumo de energia elétrica, não só pelo custo mas também por uma questão da sustentabilidade e responsabilidade ambiental.
O tamanho do mercado global de gerenciamento de dados corporativos (data management) é estimado em mais de US$ 89 bilhões atualmente, e espera-se que continue a crescer a uma taxa anual composta (CAGR) de 12% de 2023 para 2030. Fonte: GrandView Research |
Sem dúvida, isso reflete o dinamismo com que cresce o volume e a complexidade das informações tratadas por organizações já maduras em um cenário digital. Um dos aspectos subjacentes a esta realidade está ligado ao consumo de energia e à necessidade de trabalhar com data centers ambientalmente responsáveis.
Muitos fatores devem ser levados em consideração na hora de responder aos desafios do desenvolvimento sustentável; um daqueles que está dando o que falar ultimamente, tem a ver com a tecnologia dos chips utilizados pelos servidores. Ao mesmo tempo em que aumentam sua capacidade de processamento, apresentam maior geração de calor do que seus antecessores.
A poupança de consumo que poderia ser atingida com as novas tecnologias (menos servidores para cumprir mais funções) está sendo compensada por um maior consumo e temperatura. Em poucos anos, a potência total de alguns servidores excederão 5 kW, e um quarto de rack bem configurado de servidores pode atingir 10 kW se sobrecarregado simultaneamente.
Sistemas especializados de computação de alto rendimento (HPC) baseados em GPU já podem exigir centenas de watts por chip na potência máxima. Além da alta potência térmica, possuem limites de temperatura mais baixos. Cada vez mais operadores de data centers estão considerando a refrigeração líquida direta (DLC) como uma solução para essa realidade que requer múltiplas estratégias a partir de uma visão de tecnologia com sentido.
Separação de ar, flexibilização de temperatura e um controle mais rígido da refrigeração, ventiladores e distribuição de energia, bem como o uso de fontes de energia renováveis, tudo aponta para instalações muito mais eficientes em termos de recursos.
A resiliência é uma das condições mais importantes em qualquer Data Center na atualidade, especialmente para questões relacionadas à segurança. Mas o cumprimento das regulamentações internacionais relacionadas ao meio ambiente também entra na equação das equipes de TI na hora de fazer seus orçamentos e planos de ação. O tamanho atual dos centros de computação onde as plataformas de nuvem rodam gera enormes emissões de carbono e as auditorias não ficam apenas nas empresas, mas também investigam o que seus fornecedores, clientes e parceiros de negócios fazem. A geração de energia é um dos principais problemas ambientais do nosso tempo.
Os data centers consomem mais de 1% de toda a eletricidade global. Fonte: Economía Sustentable |
Daí o termo Green Data Center, que são aqueles que usam energia renovável como principal fonte de energia, emitem menos dióxido de carbono, têm um mínimo de resíduos e permitem o reaproveitamento de infraestruturas como servidores. Além disso, usam tecnologia inovadora, como células de combustível de hidrogênio, combustível HVO e técnicas avançadas de refrigeração.
A tendência é clara. Sustentabilidade já é um tema mais que se soma às preocupações das equipes de TI, o que exigirá serviços que os ajudem a obter os melhores resultados no menor tempo possível para reduzir o impacto no meio ambiente.