Muitas empresas do setor de varejo estão experimentando os benefícios da virtualização em seus processos administrativos e de produção. É o caso do Makro Colômbia, que adotou um sistema de mesas virtuais nas 16 lojas que possui no país.
Essa empresa faz parte do SHB Business Group, um dos mais importantes da Holanda, presente em 6 países ao redor do mundo. Seu principal negócio concentra-se na venda de produtos em massa para clientes profissionais, famílias numerosas e atacadistas.
Juan Carlos Montoya, diretor de TI e sistemas da Makro Colômbia, optou pela virtualização porque a infraestrutura tradicional de computação gerava custos elevados em processos de manutenção, gestão da informação e retorno do investimento. “Somado a isso, questões prioritárias como segurança da informação e manejo de grandes volumes de dados forçaram-nos a ter esquemas de segurança fragmentados nas lojas, não centralizados. Esses aspectos foram determinantes para a decisão de virtualizar”, explica o executivo.
Uma modelagem financeira do projeto foi feita para compará-lo com o modelo tradicional de computação, um elemento crucial ao apresentá-lo ao conselho de administração.
A Makro Colômbia procurou impulsionar processos e objetivos dentro de seu plano estratégico de negócios, como aumentar a produtividade nas áreas comercial e administrativa. Para isso, foi vital agilizar a estratégia de expansão para novas lojas e cumprir os regulamentos e políticas de segurança definidos pela empresa-mãe.
Considerando esses valores estratégicos, o desenvolvimento do projeto está sendo conduzido pelo SERBAN GROUP, a empresa integradora. Lisbeth Rodríguez, gerente de contas, explica que as licenças do CITRIX Xen Desktop Platinum Edition foram implementadas para a virtualização, escolhidas para proporcionar ao usuário a mesma ou melhor experiência do que quando os aplicativos estavam instalados em cada máquina. Isso garantiu maior segurança da informação e a possibilidade de integrar todos os usuários na estratégia de implementação do trabalho.
Além disso, o Citrix Repeater foi implantado, uma tecnologia de otimização de rede de longa distância que reduziu o consumo de largura de banda nos canais de comunicação dos escritórios remotos. Por fim, os Thin Clients Wyse foram adotados, garantindo um ciclo de vida mais longo, menor taxa de falhas e gerenciamento zero de dispositivos.
"Entre a variedade de thin clients no mercado, escolhemos o Wyse para estabelecer uma integração sólida e robusta com o Citrix. Ele oferece excelente desempenho, simplicidade, baixa taxa de falhas, requer pouca administração, não precisa de antivírus e economiza 90% de energia", complementa Enrique Charri, chefe de infraestrutura da Makro Colômbia.
Enrique Charri, chefe de infraestrutura da Makro Colômbia, destaca que a descoberta foi surpreendente ao encontrar fortes motivos para avançar com o projeto: “Analisamos o crescimento da empresa até então e sua projeção nos próximos anos. Obtivemos um retorno sobre o investimento de 20% e um TCO de 18% em cerca de 4 anos. Esses benefícios levaram ao planejamento do projeto em fases”, explica.
A primeira fase concentrou-se na transição de 150 desktops, enquanto as fases 2 e 3 virtualizaram 700 PCs, totalizando 850 desktops.
As operações da MAKRO eram baseadas em plataformas de PCs de curta duração, com altos custos devido a licenciamento, manutenção, danos aos equipamentos e tempos prolongados para provisionamento de trabalhos, resultando em recargas lentas.
Juan Fernando Calle, gerente de RM e ALC Makro Tunja, destaca: “Um dos maiores impactos da virtualização foi no tempo, especialmente na montagem das máquinas, que agora leva entre 10 a 15 minutos por lote, em comparação com as 4 ou 5 horas que eram necessárias anteriormente para instalar aplicativos e sistemas comerciais completos da loja. Agora, isso leva apenas alguns minutos, basicamente para atribuir um IP ao usuário, tornando-o pronto para trabalhar em sua máquina”.
Além disso, cada loja tinha um servidor local, o que causava perda de informações em caso de danos elétricos ou interrupções no serviço.
A virtualização na Makro Colômbia teve impacto em todos os aspectos da empresa. De acordo com Jorge Díaz, gerente de TI, internamente, as atualizações de software e versões foram rapidamente implementadas; os processos foram padronizados e a comunicação se tornou mais ágil e rápida, assim como o sistema de backup. Externamente, houve maior produtividade e mobilidade para os clientes, permitindo que funcionários trabalhassem de qualquer lugar, proporcionando uma experiência de usuário excepcional.
Por fim, para Juan Carlos Montoya, diretor de TI da Makro Colômbia, um dos fatores-chave para o sucesso desse tipo de projeto é ter um consultor com experiência, capacidade, comprometimento, boas práticas e acompanhamento suficiente. “Se isso não for um valor fundamental, é improvável que, enfrentando os desafios naturais desse tipo de implementação, seja possível compensar a longo prazo”, explica o executivo.
Ele conclui afirmando que a virtualização é uma tendência que todas as grandes empresas precisarão adotar devido aos custos e melhorias nas comunicações, gestão de informações e produtividade. Tudo isso foi possível graças ao avanço robusto das telecomunicações nos últimos anos. Sem essa consolidação, a virtualização não seria uma ideia tão vantajosa.