À medida que o trabalho se tornou virtual e as empresas se adaptaram à pandemia focando na prestação de serviços digitais, o cloud computing cresceu a passos largos em 2020 e 2021. Esse ano vimos uma evolução sustentada do seu crescimento e adoção.
Assim como até agora os protagonistas foram especialmente ferramentas e plataformas baseadas em nuvem, em 2022 veremos o desenvolvimento de estratégias mais holísticas centradas na migração para a nuvem em nível empresarial. Como aproveitar as tendências desse ano?
Segundo as previsões de Gartner, o gasto mundial com serviços em nuvem superará 470 bilhões de dólares em 2022, contra os 408 bilhões do ano passado.
Novas experiências digitais
A infraestrutura na nuvem possibilitou as redes sociais e o entretenimento em streaming, ao mesmo tempo que possibilitou novas experiências digitais, como sistemas de pagamento móveis, carros conectados e a infraestrutura autônoma da Internet das Coisas (IoT).
Assim, a acelerada digitalização e virtualização das organizações traz consigo três grandes tendências: aplicativos nativos de nuvem, ambientes multinuvem e nuvem híbrida. O que são?
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Aplicativos nativos de nuvem
São aplicativos baseados em microsserviços. As múltiplas características e capacidades entrelaçadas permitem às empresas aumentar a eficiência e agilidade.
Os aplicativos nativos de nuvem se posicionam como o futuro do desenvolvimento de software, já que reduzem os custos de atualização e agilizam o trabalho dos desenvolvedores. Isso é possível graças à infraestrutura como código (IaC), que automatiza a gestão de infraestrutura de TI. Por isso, ser nativo da nuvem não é só adotar novas tecnologias, mas também implica uma mudança cultural e operacional.
De acordo com a IDC, os aplicativos desenvolvidos na nuvem terão um investimento global de mais de 1 bilhão de dólares em 2025, com um aumento significativo da quantidade de aplicativos de Low-Code. O estudo IDC FutureScape: Worldwide Cloud 2022 Predictions alerta que 60% dos novos aplicativos serão desenvolvidos em plataformas de Low-Code em 2023.
Ambientes multinuvem
São ambientes em que se implementam aplicativos por meio de dois ou mais serviços de nuvem pública. As organizações líderes estão caminhando para uma única plataforma de integração multinuvem consolidada, independente de provedor, que pode conectar automaticamente qualquer sistema a outro, independentemente da infraestrutura subjacente.
Esse tipo de plataforma monitora de forma inteligente as integrações e corrige qualquer problema que possa surgir. Também pode abordar automaticamente as modificações nos ambientes multinuvem, como a mudança de região dentro de um provedor de serviços na nuvem, ou a migração para um provedor diferente. Assim, além de economizar custos e melhorar o rendimento, esses ambientes se destacam por sua segurança.
Nuvem híbrida
Desde que as empresas começaram a migrar para a nuvem, elas tiveram duas opções: utilizar soluções de nuvem pública pagas de acordo com o uso ou soluções de nuvem privada mais personalizadas e flexíveis. Atualmente, empresas como a Microsoft, Amazon e IBM (os maiores provedores de serviços de nuvem) estão ampliando sua implantação de modelos híbridos que oferecem o melhor dos dois mundos.
Dados que precisam ser acessados com rapidez e frequência podem ser mantidos em servidores públicos, enquanto dados mais confidenciais podem ser guardados em servidores privados para monitorar o acesso. Ao otimizar os processos e proporcionar flexibilidade, a nuvem híbrida permite que as empresas controlem melhor e com mais eficiência os recursos que manterão em cada nuvem.
As três grandes tendências de 2022 ampliam o horizonte das organizações, possibilitam a criação de novas experiências de usuário e maximizam a acessibilidade à inovação. A transição para um futuro 100% na nuvem já começou.
